Trecho: Presente no Sol e em muitas outras estrelas, a fusão implica na liberação de energia por meio da união de núcleos atômicos, ao contrário da provocada pela fissão nuclear, princípio físico da bomba atômica e da energia nuclear usada atualmente nas usinas.
Décadas de trabalho sobre a fusão tentaram superar um obstáculo gigantesco: a enorme quantidade de energia necessária para desencadear o processo.
No entanto, experiências de laboratório, descritas por um grupo de cientistas nos Estados Unidos, permitiram fazer grandes avanços na superação destes obstáculos.
Em artigo publicado na revista Nature, cientistas americanos afirmaram ter sido os primeiros a obter mais energia de uma reação de fusão do que a absorvida pelo combustível usado para provocá-la.
Eles fixaram 192 feixes de laser na direção de um ponto mais estreito do que a largura de um cabelo humano para gerar energia suficiente para comprimir uma minúscula cápsula de combustível a um tamanho 35 vezes menor que o original.
Com duração de menos de um bilionésimo de segundo, a reação liberou energia equivalente à armazenada em duas baterias AA (17.000 Joules) na última experiência realizada em novembro de 2013.
Apesar de "modesta", segundo os pesquisadores, a liberação de energia foi maior do que a energia absorvida pelo combustível, estimada entre 9.000 e 12.000 Joules.
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