sábado, 29 de junho de 2019

Ranking aponta que Brasil usa menos agrotóxico que a Europa

Resumo: Classificação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), coloca o Brasil como o 44º maior usuário global de agrotóxicos, atrás de países da Europa, como Bélgica, Itália, Irlanda, Portugal e Suíça. Os dados do serviço estatístico da FAO, divulgados pelo Ministério da Agricultura, apontam uma aplicação média de 4,31 quilos por hectare em 2016, ano usado como referência.
O ranking reúne informações de 245 países com base em dados coletados desde 1961. Atrás do Brasil, estão Alemanha, França e Espanha. Considerando o critério de consumo pela produção, o Brasil está em 58º lugar, com um índice de 0,28 quilo por tonelada de produtos agrícolas. De acordo com o Ministério da Agricultura, nessa classificação, o Brasil aparece à frente de países como Portugal, Itália, Eslovênia, Espanha e França.
“O consumo de defensivos no Brasil é influenciado pela ocorrência de duas ou três safras ao ano (cultivos de inverno e safrinha). Por causa disso, aqui é preciso usar defensivos para o controle de pragas mesmo em safras de inverno e na safrinha, pois não há quebra do ciclo de reprodução, em função das condições tropicais da agricultura brasileira, enquanto que em regiões de clima temperado as pragas são inativadas nos períodos de frio”, diz a nota do Ministério.

Link para texto completo: 

sábado, 22 de junho de 2019

Projeto simula clima da Amazônia em 2100 e futuro de peixes, plantas e insetos

Resumo: Peixes que precisam comer mais para manter sua taxa de crescimento e outros que correm risco de extinção, mosquitos que se reproduzem mais rapidamente e plantas que capturam menos dióxido de carbono (CO2).
Esses são alguns dos resultados do projeto Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), que criou microcosmos em quatro salas com 25 metros cúbicos simulando as condições climáticas do ano de 2100 seguindo as previsões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para temperatura, concentração de CO2 e umidade relativa do ar.
Essas previsões do IPCC antecipam um aumento nas temperaturas de 1,5°C a 7°C em algumas regiões amazônicas durante o século 21.
São mudanças que podem interromper os padrões atuais de distribuição de organismos, como peixes, mosquitos e plantas. Foi para tentar prever como isso poderá ocorrer com algumas espécies que foram criados os microcosmos do projeto Adapta.
A primeira sala serve de controle e reproduz o clima atual da Floresta Amazônica. "A segunda simula o ambiente brando do IPCC, com uma concentração de 250 partes por milhão (ppm) de CO2 mais alta que a de hoje e 1ºC mais quente", explica o pesquisador Alberto Luís Val, do Inpa, coordenador do projeto.
"Na sala 3 (intermediária) há mais CO2 e mais 2,5°C de temperatura. Por fim, na quarta, o ambiente é drástico, com 850 ppm de dióxido de carbono acima dos níveis atuais e de 4°C a 4,5°C mais quente. Em todas, a umidade relativa do ar é mantida entre 80% e 90%."
Nas simulações, esses dados (temperatura, CO2 e umidade) são coletados em tempo real por sensores em uma torre instalada em uma reserva florestal próxima ao Inpa, em Manaus. Eles são enviados, a cada dois minutos, para os computadores do instituto, que acionam máquinas em cada microcosmo para simular as condições climáticas previstas para 2100.
Nas salas, existem aquários com peixes, gaiolas com mosquitos transmissores de doenças, como malária e dengue, por exemplo, e plantas que permanecem no ambiente por períodos variáveis, podendo chegar a seis meses, dependendo do experimento.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Cientistas dizem que uso de celular pode criar protuberância no crânio

Uma pesquisa de uma dupla de cientistas australianos aponta que jovens que ficam muito tempo com a cabeça dobrada para baixo, em uma posição comum para olhar a tela do celular, podem desenvolver uma protuberância na parte de trás do crânio.  O crescimento é comparável a um calo, e fica na parte de trás, na junção entre o crânio e o pescoço.
Os pesquisadores são David Shahar e Mark Sayers, da Universidade de Sunshine Coast, em Queensland, na Austrália. Na mídia da Austrália, a pesquisa tem sido noticiada como o desenvolvimento de um chifre na parte de trás do crânio desenvolvido por causa do celular.
Shahar e Sayers afirmam que a prevalência dessa protuberância em jovens adultos aponta para uma mudança na postura das pessoas que foi causada pelo uso de tecnologia.
Smartphones e outros aparelho estão contorcendo a forma humana, de acordo com eles, porque os usuários precisam curvar a cabeça para a frente.
Os cientistas disseram que a descoberta marca a primeira documentação física de adaptação à presença de tecnologia no cotidiano.

Reportagem contesta anúncio de descoberta
A conclusão da pesquisa foi contestada em um texto do “New York Times”. Um dos autores é profissional de quiropraxia, e o outro, professor de biomecânica.Especialistas consultados pelo jornal apontam algumas questões sobre o estudo: ele usa raios-x antigos, não tem um grupo de controle e não provou causa e efeito e, além disso, tem como base pacientes que já tinham problemas (e, por isso, procuraram um profissional de quiropraxia).
Ficar com a cabeça dobrada pode, em teoria, formar uma saliência, de acordo com um pesquisador entrevistado pelo “New York Times”.

A mãe que perdeu 2 filhos para o sarampo por acreditar em 'fake news' sobre vacinas

Resumo: As Filipinas vivem um surto de sarampo. Mais de 35 mil pessoas foram infectadas e quase 500 morreram desde o começo do ano.
Arlyn B. Calos perdeu dois filhos por causa da doença, no intervalo de uma semana, no ano passado. Ela conta que não vacinou as crianças porque havia lido notícias falsas dizendo que a vacina fazia muito mal. "Sinto raiva, porque eu não deveria ter dado ouvidos à TV e ao Facebook." "Deveria ter protegido meus filhos, assim eles não teriam pegado sarampo", desabafa.
Há uma vacina segura e efetiva disponível. Mas controvérsias a respeito de uma nova vacina contra a dengue, chamada Dengvaxia, espalharam informações incorretas e sensacionalistas. "Nas notícias e até no Facebook diziam que muitas crianças morreram. Por isso, eu tinha medo de vaciná-los." Embora haja investigações em curso sobre a Dengxavia, não foi comprovada a relação entre a vacina e mortes de crianças.

domingo, 16 de junho de 2019

O que é antimatéria e por que é o material mais caro do mundo?

Link para texto completo: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2019/06/16/o-que-e-antimateria-e-por-que-e-o-material-mais-caro-do-mundo.htm

Resumo: O primeiro passo para entender a antimatéria é saber que nós e tudo que nos rodeia (plantas, estrelas, planetas e os nossos órgãos, por exemplo) é constituído por matéria. A astrônoma Angela Cristina Krabbe, professora da Universidade do Vale do Paraíba, explica que a matéria é formada por átomos, que, por sua vez, são compostos de elétrons (de carga negativa), prótons (positiva) e nêutrons (neutra). 
Isso era o que os cientistas acreditavam até 1928, quando o físico britânico Paul Dirac demonstrou a existência de algo oposto à matéria: a antimatéria. A descoberta foi tão significativa que Dirac acabou levando o Nobel de Física por isso. Isso significa que "toda partícula tem uma espécie de gêmea correspondente na natureza", explica Eduardo Sato, doutorando no Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Nesse sentido, os "gêmeos" dos elétrons são os anti-elétrons, partículas que se comportam de forma parecida e têm carga oposta. Eles são chamados de pósitrons e, mesmo que a gente não veja, já topamos com algum deles por aí. Quer um exemplo? Uma banana emite, em média, um pósitron a cada 75 minutos, diz Sato. Rapidamente, ele encontra um elétron, o que leva à aniquilação dos dois. 

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Cura da AIDS por transplante de medula óssea

Resumo: Uma doença quase 100% fatal. Assim era a Aids, quando a epidemia surgiu, no começo dos anos 80. Um diagnóstico positivo para o vírus HIV era quase uma sentença de morte. Agora, quase 40 anos depois, as notícias são bem melhores.
Nesta semana (março de 2019), numa das revistas científicas mais importantes do mundo e num congresso em Seattle, nos Estados Unidos, foi anunciada a cura de um paciente com o HIV. É apenas a segunda vez na história em que um paciente fica livre do HIV. A primeira foi há 12 anos.
No caso anunciado esta semana, o câncer hematológico, ou seja, câncer do sangue, era um linfoma, num paciente que também tinha o HIV. O que se fez foi um transplante de medula óssea - para curar o linfoma e que acabou curando a Aids também. No transplante, os médicos primeiro retiram a medula óssea de um doador. Depois, num procedimento muito agressivo, destroem o sistema imune do receptor.

Outros links sobre o tema: