quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Bioética: Robô que prometeu aniquilar os humanos começará a ser produzido em massa

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Resumo:
A empresa Hanson Robotics, dos Estados Unidos, desenvolvedora do robô Sophia, informou que pretende iniciar a produção em massa de vários de seus modelos até o fim de 2021. A humanoide capaz de falar foi apresentada há cinco anos e desde então vem estampando manchetes ao redor do mundo. Certa vez, ela disse que "as emoções são uma parte desnecessária da inteligência humana". Mas ela chamou realmente atenção quando afirmou que "destruiria os humanos".
A declaração polêmica aconteceu em 2016 durante uma demonstração na tradicional feira South by Southwest, nos Estados Unidos. Foi quando seu criador, David Hanson, perguntou a ela de brincadeira: "você quer destruir os humanos?...Por favor, diga 'não'". Mas, para o constrangimento dele, ela respondeu o seguinte: "Ok. Eu irei destruir os humanos". Mas o deslize verbal parece não ter afetado a reputação de Sophia, já que em 2017 ela recebeu um visto de cidadania da Arábia Saudita, tornando-se a primeira cidadã-robô do mundo.
O robô foi originalmente desenvolvido para ser utilizado em diferentes segmentos, como atendimento ao público, educação e saúde. Segundo Johan Hoorn, professor de robótica social na Universidade Politécnica de Hong Kong, que participa do desenvolvimento de Sophia, a pandemia de coronavírus pode acelerar a chegada dos robôs ao mercado. Hanson complementa afirmando que, devido a emergências sanitárias como a que vivemos agora, o mundo precisará cada vez mais de soluções de automação.
Para Hanson, as soluções robóticas para a pandemia não precisam ser utilizadas somente para uma melhor atenção médica, mas também podem ser implementadas no comércio varejista e linhas aéreas. Quatro modelos de humanoides da Hanson Robotics, incluindo Sophia, podem ser lançados já no primeiro semestre deste ano. Entre eles está “Grace”, um robô desenvolvido exclusivamente para o setor da saúde. 

Comentário: É claro que o título do texto é bastante sensacionalista, mas o risco de inteligências artificiais descontroladas não pode ser desprezado, ainda que ínfimo. É vasta a produção de filmes de ficção que relatam essa possibilidade, o mais famoso seria o "Exterminador do Futuro". Mas não podemos jamais esquecer de HAL em "2001, uma odisseia no espaço". Outros filmes interessantes que tocam nesse tema são "Eu, robô" (baseado na obra de Isaac Asimov) e a saga "Allien, o oitavo passageiro".

FUSÃO NUCLEAR. Avanço científico histórico: sol artificial ultrapassa a temperatura do próprio Sol

Especialistas do Centro de Pesquisa KSTAR da Coreia do Sul conseguiram estabilizar um "sol artificial" por 20 segundos a uma temperatura de mais de 100 milhões de graus centígrados, dentro de um dispositivo de fusão nuclear. O resultado supera o trabalho realizado pelo Joint European Torus, reator de fusão britânico, que havia alcançado as mesmas condições durante 10 segundos.
Segundo o Instituto Coreano de Energia e Fusão (KFE), em vez de usar combustíveis fósseis ou fissão nuclear para gerar energia, o dispositivo usa a fusão nuclear - uma união de núcleos de átomos. Este método pode ser usado quando dois elementos com baixo número de prótons se unem para formar o núcleo de um elemento pesado, capaz de liberar mais energia.
 
 
Os especialistas prevêem que, em um futuro próximo, o KSTAR fará parte do International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), programa em que vários países participam na busca pela criação do maior tokamak (dispositivo no qual núcleos de hidrogênio se fundem para formar hélio e produzir energia) que já existiu. O objetivo é colocá-lo em funcionamento entre 2030 e 2035.
Conter o processo de fusão dentro desse espaço seguro é um dos maiores desafios de projetos desse tipo. Como o plasma é propenso a produzir rajadas, há o risco de elas atingirem a parede do reator, danificando o dispositivo. Se o equipamento provar sua eficiência, poderá servir de modelo para futuros reatores de fusão nuclear, o que pode resultar em uma nova era de energia limpa ilimitada. 

Comentário: ao contrário dos reatores de fissão nuclear (como os usados nas usinas nucleares do mundo todo), a reação de fusão nuclear pode implicar numa megaexplosão (explosão termonuclear) se não for adequadamente controlada. Daí a importância de se ir devagar com esses experimentos até ter uma tecnologia segura.