quinta-feira, 4 de julho de 2019

ORIENTAÇÕES ERRADAS: IMPRESSIONANTE A IGNORÂNCIA (ou será má-fé?).

É impressionante como grandes cursinhos e até grandes jornais cometem o erro absurdo de sugerir que temas desses últimos dias (ou do último ano) possam estar presentes em peso na prova do ENEM. É desconhecer que as questões são elaboradas em um ano, pré-testadas em outro (com alunos do Segundo Ano do Ensino Médio e calouros das universidades) e então PODEM ser aplicadas dois anos depois (para não favorecer os alunos que participaram do pré-teste). 
A lógica é essa e se consolidou depois da fraude envolvendo o Colégio Christus, de Fortaleza (quando a prova de pré-teste foi xerocada e utilizada em um simulado... 14 questões caíram na prova).
Tire a prova do que estamos falando e verifique as provas dos últimos ENEMs. Observe que as referências bibliográficas citadas nas questões geralmente são anteriores a 3 anos!!! 
Óbvio que sempre há a possibilidade de haver uma questão pré-testada no acervo ou banco de questões sobre impactos ambientais de mineradoras e esta questão "associar-se" ao Caso de Brumadinho, por exemplo, ou a necessidade de acordo entre Mercosul/União Europeia ou aproximação EUA/Coreia do Norte. Mas do jeito como a coisa é exposta, e no momento que é colocada (veja AQUI um texto de 2 de julho de 2019 com este grave defeito), parece que se o aluno começar a assistir noticiário hoje (em que a prova já está pronta!) ele vai se dar bem com o "temas quentes" que vai ver a partir desta data! Lamentável esse desserviço.
Para criar um repositório de temas prováveis (especialmente de Ciências da Natureza) é que existe este blog, uma coletânea de notícias ano após ano... notícias que poderão aparecer nas provas do ENEM pois inspiraram elaboração de questões no prazo acima considerado.
Melhor sugerir que os estudantes comecem a se interessar por noticiários no oitavo ou nono anos do Ensino Fundamental e, a partir daí, construírem suas posições e considerações a respeito dos temas que surgem ano a ano no noticiário.

Ramon Lamar de Oliveira Junior
www.nucleopv.blogspot.com

Governo deverá promover feiras de ciência nas escolas todos os anos

O governo federal deverá promover todos os anos, em parceria com os governos estaduais, feiras de ciência e tecnologia envolvendo as escolas públicas de ensino médio e fundamental. É o que determina relatório do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) ao PLS 360/2017, aprovado nesta terça-feira (2) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A análise do projeto já pode seguir para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso pedindo análise no Plenário do Senado.
O projeto original, da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), propunha a promoção das feiras de ciências no ensino médio. O relator, porém, alterou o texto para estender o incentivo também ao ensino fundamental.
— É preciso dinamizar o ensino de ciências no Brasil e aproveitar os espaços didático-pedagógicos para desenvolver nos estudantes não somente o gosto pelo método científico, mas também competências fundamentais para o trabalho, ligadas à inovação e ao senso crítico. E as feiras de ciência e tecnologia são instrumentos preciosos, pois atuam em duas frentes: ao mesmo tempo em que contribuem para a formação dos estudantes, também oferecem espaço para a disseminação da produção de iniciação à educação científica, promovendo pesquisa e inovação — afirmou o senador na leitura de seu relatório na comissão, em 4 de junho.
Alessandro ainda mencionou que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já lança editais visando conceder recursos para a realização de feiras científicas, tanto em nível médio como fundamental.

Fenômeno nos EUA
A autora do projeto lembrou que as feiras educacionais de ciência e tecnologia são um fenômeno de grande popularidade nos Estados Unidos.
“Nos EUA, a Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), mostra de trabalhos científicos do ensino médio, ocorre desde 1950. O evento tem o objetivo de incentivar a pesquisa científica entre estudantes pré-universitários. Todos os anos, milhares de estudantes dos 50 estados americanos e de outros 75 países têm a oportunidade de expor trabalhos científicos e concorrer a US$ 4 milhões em prêmios. Já no Brasil, infelizmente, as feiras científicas e tecnológicas ainda constituem um fenômeno pouco comum no cotidiano escolar”, lamentou Maria do Carmo na justificativa da proposta.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)