Trecho: Pampulha de Niemeyer, de Burle Marx, de casas em estilo modernista. São muitas as facetas da região e todas elas foram devidamente reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A declaração do título de patrimônio cultural da humanidade foi além e elevou a Pampulha a Paisagem Cultural Moderna. Isso significa que não apenas o conjunto arquitetônico foi considerado. A partir de agora, os jardins, os bairros São Luís e Bandeirantes e toda a paisagem da região também devem ser, obrigatoriamente, preservados. Com isso, aumentam ainda mais os desafios de conservação, entre eles, a despoluição do espelho d’água, assegurada pela Prefeitura de BH (PBH) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), e a limpeza do entorno da orla da lagoa. (...)
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura informou que, na primeira etapa do programa Pampulha Viva, que integra o Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam), foram retirados 850 mil metros cúbicos de sedimentos da lagoa. O trabalho de desassoreamento, feito ao longo de um ano, foi concluído em outubro de 2014. Para assegurar a manutenção do desassoreamento, será lançado um edital de licitação para a retirada de 115 mil metros cúbicos de sedimentos por ano, a partir deste segundo semestre, por um período de quatro anos. A secretaria acrescentou que a limpeza do espelho d’água é feito diariamente – por dia, é recolhido cerca de 10 toneladas durante o período de estiagem e de 20 toneladas no período chuvoso.(...)
O que está sendo feito para limpar e despoluir a lagoa?
Estão sendo usados dois produtos. Um deles impede o fósforo advindo da poluição e do assoreamento de se transformar em alimento para as cianobactérias. O outro atua diretamente na redução dos coliformes. Os processos deverão tornar a água de classe 3, que é definida pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) como apropriada ao abastecimento para consumo humano, depois de tratamento convencional ou avançado; à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; à pesca amadora; à recreação de contato secundário; e à dessedentação de animais.
A lagoa pode ficará completamente limpa em algum momento?
A meta da Copasa é, até junho do ano que vem, ter 95% de cobertura na coleta e interceptação de esgoto sanitário na bacia da Lagoa da Pampulha. A empresa afirma que os 5% de esgotos que ainda continuarão sendo despejados no espelho d’água não serão capazes de reverter o quadro de despoluição. Também serão necessárias intervenções de reurbanização em algumas áreas para resolver o problema.
COMENTÁRIO: A primeira coisa a ser feita sempre é a retirada de todas as fontes de contaminação, ou seja, 100%. Os 5% que estão ficando representam um gasto eterno com a lagoa. E água de Classe 3 ainda está longe do ideal. Mas vamos ver como fica...
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