sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O que é Bitcoin?

Modificado a partir de www.exame.abril.com.br/mercados/entenda-o-que-e-bitcoin/
Por Rita Azevedo


Criada há mais de nove anos, a bitcoin atrai a atenção de investidores e já é aceita como meio de pagamento em alguns países.

A bitcoin é uma moeda, assim como o real ou o dólar, mas bem diferente dos exemplos citados. O primeiro motivo é que não é possível mexer no bolso da calça e encontrar uma delas esquecida. Ela não existe fisicamente, é totalmente virtual.
O outro motivo é que sua emissão não é controlada por um Banco Central. Ela é produzida de forma descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que “emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar bitcoins e registrar todas as transações feitas.
No processo de nascimento de uma bitcoin, chamado de “mineração”, os computadores conectados à rede competem entre si na resolução de problemas matemáticos. Quem ganha, recebe um bloco da moeda.
O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede, para que a moeda cresça dentro de uma faixa limitada, que é de até 21 milhões de unidades até o ano de 2140.
Esse limite foi estabelecido pelo criador da moeda, um desenvolvedor misterioso chamado Satoshi Nakamoto — que, até hoje, nunca teve a identidade comprovada. 
De tempos em tempos, o valor da recompensa dos “mineiros” também é reduzido. Quando a moeda foi criada, em 2009, qualquer pessoa com o software poderia “minerar”, desde que estivesse disposta a deixar o computador ligado por dias e noites. 
Com o aumento do número de interessados, a tarefa de fabricar bitcoins ficou apenas com quem tinha super máquinas. A disputa aumentou tanto que surgiram até computadores com hardware dedicado à tarefa, como o Avalon ASIC. Além da mineração, é possível possuir bitcoins comprando unidades em casas de câmbio específicas ou aceitando a criptmoeda ao vender coisas.
As moedas virtuais são guardadas em uma espécie de carteira, criada quando o usuário se cadastra no software. Depois do cadastro, a pessoa recebe um código com letras e números, chamado de “endereço”, utilizado nas transações. Quando ela quiser comprar um jogo, por exemplo, deve fornecer ao vendedor o tal endereço. As identidades do comprador e do vendedor são mantidas no anonimato, mas a transação fica registrada no sistema de forma pública. A compra não pode ser desfeita.
Com bitcoins, é possível contratar serviços ou adquirir coisas no mundo todo. O número de empresas que a aceitam ainda é pequeno, mas vários países, como a Rússia se movimentam no sentido de “regular” a moeda. Em abril deste ano, o Japão começou a aceitar bitcoins como meio legal de pagamento. O esperado é que até 300 mil estabelecimentos no Japão aceitem, até o final do ano, este tipo de dinheiro.
Por outro lado, países como a China tentam fechar o cerco das criptomoedas, ordenando o fechamento de várias plataformas de câmbio e proibindo a prática conhecida como ICO (initial coin offerings), uma espécie de abertura de capital na bolsa, mas feita com criptomoedas (entenda melhor).
O valor da bitcoin segue as regras de mercado, ou seja, quanto maior a demanda, maior a cotação. Historicamente, a moeda virtual apresenta alta volatilidade. Em 2014, sofreu uma forte desvalorização, mas retomou sua popularidade nos anos seguintes. Neste ano, o interesse pela bitcoin explodiu. No dia 1° de janeiro, a moeda era negociada a pouco mais de mil dólares. No início de dezembro, já valia mais de 10 mil dólares. 
Os entusiastas da moeda dizem que o movimento de alta deve continuar com o interesse de novos adeptos e a maior aceitação. Críticos afirmam que a moeda vive uma bolha — semelhante à Bolha das Tulipas, do século XVII — que estaria prestes a estourar.

Para ler sobre a Bolha das Tulipas, clique AQUI.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Cientistas revelam o primeiro ancestral humano na África após 20 anos de estudo

Trecho (com algumas correções): Cientistas divulgaram, na última quarta-feira (06/12/17), a descoberta do mais antigo fóssil de ancestral humano já encontrado na África Meridional. Chamado de “Little Foot” – pé pequeno, em tradução livre –, o esqueleto tem quase quatro milhões de anos e foi localizado na África do Sul, no sítio arqueológico Cradle of Humankind (Berço da Humanidade). Todo o processo, desde a descoberta da ossada até a preparação do material, durou 20 anos.
De acordo com nota divulgada pela Universidade de Witwatersrand, o “Little Foot” recebeu este nome pelo professor Phillip Tobias por causa dos pequenos ossos do pé encontrados por Ron Clarke em 1994. O cientista estava analisando um  fóssil  encontrado na gruta de Sterkfontein, que faz parte do Cradle of Humankind, quando supôs que o pequeno esqueleto era do gênero Australophitecus, o menor ancestral humano que já habitou a África.

       Reprodução/CNN - Apelidado de "Little Foot", o fóssil do acentral humano é o mais antigo já encontrado na região da África Meridional

O restante dos ossos do hominídeo só foram localizados em 1997, e todo o processo de escavação, limpeza, reconstrução, moldagem e análise demorou 20 anos. Segundo a CNN, boa parte do trabalho foi realizada dentro da próprio sítio arqueológico, com o auxílio de ferramentas especializadas para não comprometer o material estudado.
“O processo exigiu uma escavação extremamente cuidadosa dentro do ambiente escuro da caverna. Assim que as primeiras partes da superfície dos ossos foram expostas, a breccia ["brecha" = pedra onde o esqueleto foi encontrado] teve que ser cortada com muita cautela e removida em blocos para, depois, ser limpa no laboratório”, explicou Clarke sobre a ossada, que data de 3,67 milhões de anos atrás.
Diferente das primeiras especulações do cientista, o "Little Foot" faz parte de uma segunda espécie, a Australopithecus prometheus, nomeada em 1948 após a descoberta de fósseis fragmentados. 

Descoberta notável: O mais completo esqueleto de Australopithecus já encontrado foi considerado um marco por pesquisadores. "Esta é uma conquista histórica para a comunidade científica e para a genealogia da África do Sul. É através de importantes descobertas como esta que nós obtemos um vislumbre do passado, o que nos ajuda a entender melhor a humanidade", declarou Adam Habib, diretor da Universidade de Witwatersrand, onde o material foi apresentado.
O resultado das duas décadas de pesquisa serão divulgados nos próximos meses em cerca de 25 artigos científicos.
O fóssil foi encontrado no Sítio Arqueológico Cradle of Humankind, cujo sistema de grutas Sterkfontein ficou conhecido na década de 1930 com a descoberta de um Australopithecus africanus adulto. Agora, a revelação de "Little Foot" como o ancestral humano mais antigo da região solidifica a importância do complexo para estudos de evolução .


Comentário: Há hominídeos mais antigos do que os Australopithecus. Enquanto Australopithecus mais antigos estão datados em 4.000.000 de anos, os mais antigos do gênero Ardipithecus estão datados em 5.200.000 anos atrás.

Vitamina D tem novos valores de referência

Trecho: A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) informa a mudança do valor de referência da Vitamina D e alerta sobre o quão importante é estar com a suplementação dessa vitamina em dia. “Até pouco tempo, o valor normal, ou seja, suficiente, de vitamina D era acima de 30 ng/mL. Porém, já estão sendo aceitos valores a partir de 20 ng/mL, pois estudos têm mostrado que pacientes que estão entre as dosagens de 20 a 30 ng/mL não necessitam de reposição da vitamina”, afirma Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, médico patologista clínico, diretor de Ensino da SBPC/ML.
A deficiência (valores abaixo de 10 ng/mL) ou insuficiência (de 10 ng/mL até 20 a 30 ng/mL – novo valor de referência) da vitamina D podem não ocasionar sintomas nos pacientes que estão sofrendo com a falta da mesma. Pessoas com níveis muito baixos podem apresentar sintomas de fadiga, fraqueza muscular e até dor crônica. Além de problemas ósseos, existem evidências de que a falta de vitamina D também pode contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças como diabetes, depressão, doença cardiovascular e alguns tipos de câncer.
“É essencial que sejam feitos exames frequentes para acompanhar o nível de vitamina D, principalmente em pacientes idosos, pois a detecção da deficiência/insuficiência auxilia na prevenção das doenças listadas acima para esse grupo de maior risco. Valores acima de 100 ng/mL são tóxicos e a reposição sem o acompanhamento médico pode ser perigosa”, completa Ferreira.
A Vitamina D é um pró-hormônio produzido a partir da ação dos raio ultravioleta B na pele. As duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol) que podem ser encontradas em alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ou suplementada em capsulas ou comprimidos. Existem diferentes métodos para avaliação da vitamina D. Ela pode ser dosada no laboratório por imunoensaios ou pelo método de referência que é a Espectrometria de Massas. Os imunoensaios devem ser comparáveis com o método de eleição. Dependendo do método, dosa-se as duas frações separadamente (D2 e D3) ou a total que é a soma das duas. (Vitamina D total ou 25 hidroxi vitamina D).

Terapia genética pode ser a cura para Hemofilia A, aponta estudo

Trecho: Esta é a primeira vez que a terapia genética é bem sucedida para tratar a condição, que se resume em um transtorno genético hereditário, que atinge principalmente os homens, fazendo com que as pessoas tenham níveis baixos de fator VIII de coagulação, necessários para que o sangue coagule.
A falta do fator proteico resulta em hemorragia excessiva, até mesmo quando as lesões são menores e pode causar sangramento interno, o que coloca a vida do indivíduo em risco.
Até o momento, não foi descoberta a cura permanente para a condição, e os pacientes com esse diagnóstico precisam tomar múltiplas injeções semanais de fator VIII de coagulação para prevenir e controlar o sangramento.
"Estou muito otimista de que possamos oferecer benefícios de tratamento de longo prazo", afirmou John Pasi, diretor do Centro de Hemofilia no Barts Health NHS Trust e principal autor do estudo publicado no último final de semana no New England Journal of Medicine.
Mais de 400 mil pessoas ao redor do mundo sofrem de hemofilia A, que é seis vezes mais comum que a hemofilia B. Os pacientes do tipo A não possuem proteína de coagulação do fator VIII, enquanto aqueles com tipo IX apresentam o fator IX. No Reino Unido, onde o estudo foi realizado, cerca de 2 mil pessoas sofrem de hemofilia A.
Pesquisa: Durante o teste, 13 pacientes receberam injeções de alta dose contendo cópias do gene que codifica a proteína de coagulação ausente. Os pacientes foram acompanhados durante 19 meses para monitorar os resultados. Todos os participantes da pesquisa ficaram sem receber tratamento por um ano. Enquanto 11 deles apresentaram níveis quase normais de proteína de coagulação, os outros dois restantes tinham níveis estáveis, afirmou Pasi.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Concentração de CO2 na atmosfera bate recorde e é a maior em 3 milhões de anos

Trecho: A concentração de dióxido de carbono (CO2) está aumentando e bateu recorde no ano passado, atingindo o maior número já visto em mais de três milhões de anos, alertou a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira (30/10/17).
O novo estudo traz um alerta de cientistas e apela para que todas as nações do mundo se unam para reduzir drasticamente as emissões de CO2 , ainda levantando a possibilidade de regras ainda mais rígidas nas próximas negociações climáticas em Bonn.
“A média de concentração de dióxido de carbono global, no ano passado, atingiu 403,3 partes por milhão (ppm), muito acima das 400 ppm em 2015, devido à combinação de atividades humanas e ao forte do El Niño”, segundo o Boletim de Gases de Efeito Estufa, o ano anual da agência meteorológica da ONU.
A aceleração dos números ocorre apesar de uma freada – e talvez até um estancamento das emissões. Contudo, o El Niño intensificou as secas e enfraqueceu a capacidade da vegetação de absorver o dióxido de carbono; o que é bastante preocupante, afinal, à medida que o planeta aquece, espera-se que o evento se torne cada vez mais frequente.
Ainda pelo relatório, o aumento de 3,3 ppm é consideravelmente mais alto do que o salto de 2,3 ppm nos 12 meses anteriores, e com a média de crescimento anual de 2,08 ppm. Além disso, o último grande El Niño , em 1998, registrou aumento de 2,7 ppm (número menor do que o de 2016).
O estudo monitora navios, aviões e estações terrestres para acompanhar as tendências de emissão desde 1750, revelando que o dióxido de carbono está, agora, aumentando 100 vezes mais rápido do que no fim da última era do Gelo – graças ao aumento populacional, às atividades agropecuárias, ao desmatamento florestal e à industrialização.
A última vez que a Terra experimentou evento similar ao visto agora, em relação ao dióxido de carbono na atmosfera, foi durante o Plioceno (última época do antigo período Terciário da era Cenozoica. Está compreendido entre há cerca de cinco e dois milhões de anos), quando o nível do mar estava 20 metros mais alto do que agora.
Os autores do estudo divulgado hoje pedem aos governantes para que intensifiquem as contramedidas que reduzam o risco de aquecimento global. “Sem cortes rápidos no CO2 e outras emissões de gases do efeito estufa , teremos aumentos de temperatura perigosos no final deste século, bem acima do objetivo estabelecido pelo acordo de mudança climática de Paris”, elucidou o chefe da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, em comunicado.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Cientistas observam colisão de estrelas de nêutron e a formação de buraco negro

Trecho: Pela primeira vez na história, os cientistas conseguiram observar a colisão de duas estrelas de nêutrons, por meio de ondas gravitacionais e luminosas. O evento cósmico produziu ondas no tempo-espaço e um brilho tão intenso do que mais de um bilhão de sóis, segundo revelou a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). A eventualidade é tão especial que foram publicados mais de 30 artigos científicos nesta segunda-feira (16/10/17).
Na sequência extraordinária, é possível ver as duas estrelas de nêutrons – que são ultradensas – fazendo um movimento espiralado para dentro, uma em direção a outra, antes de finalmente se colidirem de maneira violenta. Segundo os cientistas da Nasa, essas estrelas têm massa de 10% a 60% maiores do que a do Sol, apesar de apenas ter uma área do tamanho da cidade de Washington D.C, ou do Plano Piloto, em Brasília – ou seja, são extremamente densas. Por causa dessa densidade, as maciças estrelas puxaram uma a outra com intensidade, girando centenas de vezes por segundo, produzindo ondas gravitacionais na mesma frequência.   
Desse modo, quanto mais se aproximavam, orbitavam ainda mais rápido, o que acabou gerando o evento “mais violento e cataclísmico” da natureza – que, por sua vez, produziu uma onda de raios gama . Devido à colisão foi observada a chamada “quilonova”, algo que nunca registrado anteriormente, mas que foi capturada pelo Observatório a Laser de Ondas Gravitacionais (Ligo), com base nos Estados Unidos.  
Um marco histórico desse evento cósmico foi o testemunho dos cientistas realizado por meio de telescópios ópticos tradicionais, com detectores gêmeos localizados na Louisiana e em Washington, que recuperaram os tremores no espaço-tempo ocorridos após a fusão a 1,3 milhão de anos-luz de distância – ou seja, observamos algo que aconteceu há mais de 130 milhões de anos. 
O diretor-executivo do centro de pesquisa Ligo, Dave Reitze, afirmou: "o maravilhoso nessa descoberta é que foi a primeira vez que tivemos uma imagem completa de um dos mais violentos e cataclismáticos eventos do universo”. 

Trabalho em conjunto: O encontro entre as estrelas foi primeiramente observado no dia 17 de agosto, quando os centros de pesquisa Ligo (americano) e Virgo (europeu) detectaram as ondas gravitacionais inéditas durante 100 segundos. "Fomos capazes de 'ouvir o Universo'", explica Gregg Hallinan, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Com o zumbido dos poucos segundo capturado, perceberam que as duas estrelas, ambas mais pesadas do que o Sol, aproximavam-se de sua morte. Inicialmente, as duas pareceram separadas por 320 quilômetros, circulando 30 vezes por segundo. Porém, enquanto giravam para dentro, aceleraram até uma velocidade de duas mil órbitas por segundo, o que fez com que o sinal fosse fosse capturado como um assobio de deslizamento.
Dois segundos após a detecção das ondas, um "flash" de luz na forma de raios gama foi detectado pelo telescópio Fermi da Nasa. Seguiram-se, então, outros "mensageiros" do espaço: raios X, ondas ultravioleta, infravermelho e ondas eletromagnéticas. Depois do alerta enviado aos astrônomos, 70 telescópios espaciais e terrestres giraram para observar o brilho vermelho, tornando-se o primeiro evento cósmico a ser "visto" tanto nas ondas gravitacionais quanto luminosas.  
Einstein foi o primeiro cientista a prever a existência de ondas gravitacionais , há mais de um século. Contudo, a primeira prova experimental de que o Espaço pode ser esticado ou espremido levou até 2015, quando os cientistas da Ligo detectaram uma colisão de buracos negros. Mas, essa fusão sombria, e as outras três detectadas desde então, eram invisíveis para os telescópios convencionais. À medida que as estrelas colidiam, elas emitiam um intenso feixe de raios-gama, deixando o céu cheio de elementos pesados, respondendo ao debate de décadas sobre a origem do ouro e da platina, por exemplo.




As estrelas de nêutrons são as menores e as mais densas de todas as que conhecemos (e sabemos que existem): têm cerca de 20 quilômetros de largura, com uma massa de cerca de um bilhão de toneladas. O núcleo é uma sopa de nêutrons puros, enquanto a crosta é lisa, sólida e 10 bilhões de vezes mais forte que o aço.

*Com informações do The Guardian e da Nasa

domingo, 3 de setembro de 2017

COREIA DO NORTE FAZ TESTE DE BOMBA DE HIDROGÊNIO


Trecho: Após o teste com bomba de hidrogênio realizada pela Coreia do Norte na madrugada deste domingo (3 de setembro de 2017), a comunidade internacional criticou o novo ato ameaçador do ditador Kim Jong-Un. O poder do artefato chegou a causar um tremor de magnitude 6,3 aos arredores do local em que o teste foi realizado.
Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Coreia do Sul, França, Otan e União Europeia condenaram o teste que fere resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), além de exigir o fim dos programas nuclear e balístico da Coreia do Norte. Por meio do Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as decisões da Coreia são hostis e ameaçam a segurança dos EUA.
Agências internacionais afirmam que o presidente dos EUA e a equipe de segurança nacional devem se reunir ainda neste domingo para avaliar os efeitos do novo teste e pensar em estratégias de defesa. Ainda existe a possibilidade de o país impor uma série de sanções ao líder norte coreano, conforme afirmação do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin. Segundo ele, estão sendo preparado um pacote de restrições que será entregue a Trump em breve.
Ameaça mundial: O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o novo teste é uma ameaça mundial e que “compromete seriamente a paz e a segurança” de seu país. O mesmo discurso de repúdio foi feita pela China, que sedia encontro de empresários com líderes do Brics deste a semana passada.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu calma aos envolvidos na questão nuclear e reafirmou a necessidade de diálogo entre as partes. Já o presidente da França Emmanuel Macron, solicitou ao Conselho de Segurança da ONU reação rápida e decisiva em relação as ameaças constantes de Kim Jong-Un. “A comunidade internacional deve tratar esta nova provocação com a maior firmeza, para que a Coreia do Norte volte incondicionalmente ao caminho do diálogo e proceda ao desmantelamento completo, verificável e irreversível de seu programa nuclear e balístico". 
Em Xiamen, na China, onde acompanha o presidente Michel Temer para a 9ª Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, disse que o teste realizado pela Coreia do Norte aumenta a urgência para que se contenha uma escalada armamentista no mundo. “É apavorante. O mundo está ficando cada vez mais perigoso. É preciso deter essa escalada. O Brasil condena e apoia as resoluções da ONU aplicando sanções à Coreia do Norte em razão dos seus testes nucleares”, afirmou.

Outras informações 


A TV estatal da Coreia do Norte, a KCNA, anunciou que o teste realizado neste domingo (3), por volta das 12h30, no horário local, foi um sucesso. O lançamento provocou um tremor, que foi detectado por duas agências meteorológicas: uma japonesa e outra norte-americana.
O novo teste já é o sexto realizado desde 9 de setembro de 2016. O teste deste domingo provocou um tremor em território coreano de magnitude 6,1 pela Agência Meteorológica do Japão e de 6,3 pela Agência Norte-Americana Geological Surveyor.
Segundo o jornal japonês Asahi, o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia explicou, em 28 de agosto, em relatório da Assembleia Nacional do país que esse teste foi feito em duas etapas. Autoridades coreanas teriam avisado que o experimento seria possível a qualquer momento como instalar um bomba de hidrogênio em um míssil intercontinental.
Uma foto que circula da internet em Kim Jong-un inspeciona um equipamento, é identificada como bomba de hidrogênio.
A Coreia do Norte tem capacidade de realizar testes nucleares tanto de plutônio quanto de urânio enriquecido. Para o Japão, os Estados Unidos e Coreia do Sul, o país pode ter mais de uma dúzia de bombas nucleares.
O ministro das Relações Exteriores, Taro Kono, já tinha declarado que a Coreia do Norte havia realizado uma tarde de teste nuclear na quinta-feira (31). O primeiro-ministro Shinzo Abe disse aos repórteres neste domingo que a Agência Meteorológica havia detectado o abalo sísmico e que não seria um terremoto natural.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Pela primeira vez terapia gênica é aprovada nos EUA; leucemia é o alvo


Outro link: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/08/1914331-pela-primeira-vez-terapia-genica-e-aprovada-nos-eua-leucemia-e-o-alvo.shtml

Trecho: Um grupo de especialistas recomendou nesta quarta-feira à agência americana de medicamentos (FDA) a aprovação do primeiro tratamento que modifica geneticamente o sistema imunológico de um paciente para combater a leucemia.
A recomendação, que a FDA deve ratificar, abre caminho para a comercialização da primeira terapia genética.
Chamado "CTL019", o tratamento foi desenvolvido por um pesquisador da Universidade da Pensilvânia e patenteado pelo laboratório suíço Novartis para tratar a leucemia linfoblástica aguda.
A técnica funciona retendo e congelando as células imunes do paciente antes de elas serem modificadas geneticamente em um laboratório, para reconhecer e atacar o câncer.
Cerca de 90% dos pacientes tratados viram sua leucemia desaparecer nos primeiros testes clínicos.
O grupo de especialistas independentes recomendou a aprovação deste tratamento para crianças e jovens adultos que tenham resistido a outras terapias contra a leucemia ou que tenham tido recaídas.
A jovem Emily Whitehead, hoje com 12 anos, foi a primeira a receber essa terapia genética em 2012, em um hospital da Pensilvânia, quando tinha seis anos.
Os efeitos secundários foram severos - febre, queda da pressão arterial e congestão dos pulmões - mas a menina venceu a doença e hoje em dia não dá sinais do câncer. Ela compareceu à apresentação da FDA junto com seus pais.
Considerando esse êxito, em 2014 a FDA deu a esta terapia genética o status de "avanço terapêutico" e tem viabilizado sua chegada rápida ao mercado.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

DNA é usado para armazenar filme

Link para texto completo: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/07/1900933-dna-e-usado-para-armazenar-filme.shtml

Trecho: Foi um dos primeiros filmes já feitos. Um cavaleiro galopando filmado em 1878 pelo fotógrafo britânico Eadweard Muybridge, que tentava descobrir se os cavalos, ao galopar, em algum momento não tocavam o chão, ficavam sem nenhum dos cascos em contato com o solo.
Mais de um século depois, esse pequeno filme novamente faz parte da vanguarda.
Ele é o primeiro filme da história a ser armazenado no DNA de uma célula viva, do qual poderá ser recuperado quando se quiser, além de se multiplicar indefinidamente conforme o hospedeiro se divide e cresce.
A novidade, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Harvard, nos EUA, e publicada nesta quarta-feira (12/06/17) na revista "Nature", é o exemplo mais recente – e possivelmente um dos mais espantosos – do vasto potencial genômico para armazenagem de dados.
Até o momento, cientistas já guardaram em DNA todos os sonetos de Shakespeare. George Church, geneticista de Harvard e um dos autores do novo estudo, recentemente armazenou seu próprio livro "Regenesis" no DNA de uma bactéria e fez 90 bilhões de cópias dele.
"Um recorde de publicação", afirmou o geneticista em uma entrevista.
Com a nova pesquisa, os cientistas começam a imaginar a possibilidade de um futuro ainda mais estranho: programar uma bactéria para gravar o que células humanas estão fazendo –quase fazer um "filme" da vida celular.
Church e Seth Shipman, um geneticista, e seus colegas começaram o trabalho armazenando as diferentes tonalidades de cinza dos pixels (e códigos de barras que indicavam suas posições na imagem) em 33 letras de DNA. Cada frame do filme continha 104 desses fragmentos de DNA.
Ao fim, os geneticistas tinham uma sequência inteira de DNA que representava o filme completo.
O passo final foi usar Crispr, uma poderosa técnica de edição gênica, para inserir a sequência de DNA em uma bactéria comum, a E.coli.
Mesmo com a modificação, a bactéria se multiplicou normalmente. Segundo os pesquisadores, o filme permaneceu intacto nas gerações seguintes da bactéria.
Há meio século, décadas antes de qualquer um conseguir sequenciar o genoma, o renomado físico Richard Feynman propôs que o DNA poderia ser usado para armazenar dados.
"Biologia não é simplesmente escrever a informação; é fazer alguma coisa em relação a ela", disse Feynman em um palestra em 1959. "Imagine a possibilidade de criar algo minúsculo que faça o que quisermos."

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Superbactérias avançam no Brasil e levam autoridades de saúde a correr contra o tempo

É... o sensacionalismo está tomando conta das manchetes até na ciência!!!


Link para texto completo: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/superbacterias-avancam-no-brasil-e-levam-autoridades-de-saude-a-correr-contra-o-tempo.ghtml


Trecho e comentários (em vermelho): Bactérias que não respondem a antibióticos vêm aumentando a taxas alarmantes no Brasil e já são responsáveis por ao menos 23 mil mortes anuais no país, afirmam especialistas. 
Capazes de criar escudos contra os medicamentos mais potentes, esses organismos infectam pacientes geralmente debilitados em camas de hospitais e se espalham rapidamente pela falta de antibióticos capazes de contê-los. Por isso, as chamadas superbactérias são consideradas a próxima grande ameaça global em saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde). 
"Estamos numa situação de alerta", diz Ana Paula Assef, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que faz a estimativa sobre mortes anuais no país com base nos dados oficiais dos Estados Unidos. No Brasil, ainda não há um compilado nacional sobre o número de vítimas por bactérias resistentes. 
"Sabemos que, assim como vários países em desenvolvimento, o Brasil tem alguns dos maiores índices de resistência em determinados organismos. Há bactérias aqui que não respondem mais a nenhum antibiótico", aponta Assef. 

Perigosas - Um exemplo é a Acinetobacter spp. A bactéria pode causar infecções de urina, da corrente sanguínea e pneumonia e foi incluída na lista da OMS como uma das 12 bactérias de maior risco à saúde humana pelo seu alto poder de resistência. 
De acordo com a Anvisa, 77,4% das infecções da corrente sanguínea registradas em hospitais por essa bactéria em 2015 foram causadas por uma versão resistente a antibióticos poderosos, como os carbapenems. 
Essa família de antibióticos é uma das últimas opções que restam aos médicos no caso de infecções graves. 
"Quando as bactérias se tornam resistentes a eles, praticamente não restam alternativas de tratamento", explica Assef. 
Outro exemplo é a Klebsiella pneumoniae. Naturalmente encontrada na flora intestinal humana, é considerada endêmica no Brasil e foi a principal causa de infecções sanguíneas em pacientes internados em unidades de terapia intensiva em 2015, segundo dados da Anvisa. 
O mais preocupante é que ela tem se tornado mais forte com o passar do tempo. Nos últimos cinco anos, a sua taxa de resistência aos antibióticos carbapenêmicos (aqueles usados em pacientes já infectados por bactérias resistentes) praticamente quadruplicou no Estado de São Paulo - foi de 14% para 53%, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica paulista. 
"Os dados do Estado de São Paulo são um retrato do Brasil. É um problema crescente e muito grave, principalmente pela rápida disseminação dessas bactérias resistentes", diz Jorge Luiz Mello Sampaio, professor de microbiologia clínica da USP e consultor da Câmara Técnica de Resistência Microbiana em Serviços de Saúde da Anvisa. 

Resistência - A capacidade de bactérias de passar por mutações para vencer medicamentos desenvolvidos para matá-las é chamada de resistência antimicrobiana (sic) - ou resistência a antibióticos (as mutações não ocorrem "para vencer medicamentos". As mutações ocorrem de forma aleatória e inclusive podem até matar ou fragilizar a bactéria. Algumas mutações podem ser vantajosas e são selecionadas. Isso se chama EVOLUÇÃO.) (oooops... e o correto é resistência microbiana, né?)
Essa extraordinária habilidade é algo natural: os remédios, ao atacar essas bactérias, exercem uma "pressão seletiva" sobre elas, que lutam para sobreviver. Aquelas que não são extintas nessa batalha são chamadas de resistentes. Elas, então, se multiplicam aos milhares, passando o gene da resistência a sua prole. (Novamente o autor do texto conclui que a "luta pela sobrevivência" causa a mutação. Não é assim, ela seleciona mutações já existentes. E a palavra extinção não deve ser usada para indivíduos, mas para espécies!)
Esse processo natural pode ser acelerado por alguns fatores, como o uso excessivo de antibióticos. Um agravante é o emprego desses medicamentos também na agricultura, na pecuária e em outras atividades de produção de proteína animal. 
Muitos fazendeiros injetam regularmente medicamentos em animais saudáveis como um aditivo de performance. Isso acelera a seleção de bactérias no ambiente e em animais, que podem vir a contaminar humanos. (Calma com conclusões muito genéricas... nem toda bactéria animal tem ação nos humanos.)
De acordo com especialistas, o número crescente de infecções - que poderiam ser barradas por mais higiene e saneamento básico - também é um problema, porque demanda maior uso de antibióticos, o que, por sua vez, seleciona mais bactérias resistentes, perpetuando um círculo vicioso. 
Um estudo encomendado pelo governo britânico no ano passado estima que tais organismos irão causar mais de 10 milhões de mortes por ano após 2050. Atualmente, 700 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de bactérias resistentes no mundo. 
Os efeitos na economia também podem ser devastadores. Países como o Brasil estariam sob o risco de perder até 4,4% de seu PIB em 2050, segundo estimativas do Banco Mundial. 

Pecuária -  Características específicas, como hospitais superlotados e alta atividade agropecuária com uso de antibióticos, fazem do Brasil um grande facilitador a bactérias resistentes. 
O país é hoje o terceiro no mundo a mais utilizar antibióticos na produção de proteína animal, atrás apenas da China e dos Estados Unidos - e deve continuar nessa posição até pelo menos 2030, aponta um estudo coordenado por Thomas P. Van Boeckel, da Universidade de Princeton (EUA). 
Consultado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento diz que atua para diminuir o uso desses produtos em animais. A pasta afirma que já é proibido utilizar antibióticos como as penicilinas e as cefalosporinas para melhorar o desempenho dos animais. 
No ano passado, a colistina, um antibiótico considerado a última opção de tratamento a bactérias resistentes também teve seu uso proibido em animais saudáveis. 
"O Brasil está comprometido com o tema", diz Suzana Bresslau, auditora fiscal federal agropecuária da Coordenação de Programas Especiais do ministério. "O país reconhece que se trata de uma ameaça global à saúde pública e apoia os esforços para minimizar os riscos associados à resistência antimicrobiana." 
Na área hospitalar, a Anvisa monitora as infecções da corrente sanguínea em UTIs, associadas ao uso de instrumentos para aplicação de remédios, como o cateter. Somente em 2015, foram mais de 25 mil infecções desse tipo - a maioria causada por bactérias com altos índices de resistência. 
"Estamos com problemas graves de Estados falidos, com recursos menores para a saúde, hospitais com poucos funcionários, aquém do necessário para cuidar dos pacientes. Às vezes, nessa situação, protocolos básicos, como desinfecção das mãos, acabam passando", diz Sampaio. 
"Quanto maior a sobrecarga de trabalho, maior é a taxa de infecção hospitalar. Nesse cenário, há maior risco de selecionar bactérias multirresistentes." 

Combate - Desde dezembro (de 2016), o Ministério da Saúde vem elaborando, com diferentes pastas e a Anvisa, um plano nacional de combate a bactérias resistentes, a pedido da OMS. O material deveria ter sido apresentado em maio na 70ª assembléia da organização, em Genebra, na Suíça. 
Questionado sobre o documento ter sido discutido no encontro e quais seriam seus objetivos, o Ministério da Saúde não respondeu. De acordo com informações enviadas à OMS, o plano estratégico está pronto, mas ainda é necessário definir como será a implementação e o monitoramento das ações. 
A proposta brasileira está prevista para ser colocada em ação a partir de 2018, com expectativa de conclusão até 2022. Comparado com outras economias em desenvolvimento, o país está atrasado: a África do Sul começou a colocar seu plano em prática ainda em 2014, enquanto a China implementa o seu desde 2016. Já a Índia começou nesse ano. 
O país é também um dos únicos Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que ainda não disponibilizou o documento publicamente no site da OMS, juntamente com a Rússia. 
Consultada, a OMS disse que os países não são obrigados a compartilharem seus planos, mas que ela encoraja a prática "como uma forma de transparência e de boas práticas". 
Mas enquanto o governo trabalha numa estratégia, bactérias aprimoram sua capacidade de sobreviver aos remédios mais poderosos. 
Em outubro, a Anvisa encontrou no Brasil uma cepa da E. coli que tinha a capacidade de trocar material genético com outras espécies de bactérias e transferir o gene da resistência a outros organismos - não apenas à sua prole. 
Esse mecanismo a torna resistente a uma família de antibióticos chamada polimixinas, que se tornaram a última escolha de médicos frente a bactérias resistentes. 
O novo mecanismo de resistência exemplifica o quanto o assunto é urgente, diz Sampaio, da USP, para quem "a cada dia há uma surpresa" no universo desses organismos. 
"Elas se multiplicam a cada 20 minutos. É uma competição difícil. Nós levamos anos para colocar um antibiótico no mercado, elas podem levar 20 minutos para mutarem e vencerem o remédio." (Olha o exagero de novo em relação à mutação... claro que podem demorar 20 minutos - na verdade são instantâneas- ... ou podem demorar 200 anos... ou podem não acontecer.)


GRÁFICOS:





quarta-feira, 12 de julho de 2017

Três das DSTs mais comuns estão ficando intratáveis, diz OMS

Link para texto completo: http://exame.abril.com.br/ciencia/tres-das-dsts-mais-comuns-estao-ficando-intrataveis-diz-oms/

Trecho (com adaptações): Segundo a Organização Mundial de Saúde, sífilis, clamídia e gonorreia – doenças bacterianas sexualmente transmissíveis – estão ficando resistentes aos antibióticos mais usados contra elas. E infectam cada vez mais pessoas. 
As infecções são três das DSTs mais frequentes: juntas, elas contagiam 200 milhões de pessoas por ano – todo ano, são 131 milhões infectadas pela clamídia, 78 milhões pela gonorreia e 5,6 milhões pela sífilis. 
Com tanta gente ficando doente, os antibióticos estavam sendo administrados sem cuidado nenhum – e muitas vezes, por tempo demais ou em doses desnecessariamente altas. 
Esse uso exagerado de antibióticos é justamente o que tem feito as bactérias se tornarem mais resistentes. O caso da gonorreia é o pior: a OMS afirma que já existem cepas da bacteria N. gonorrhoeae, causadora da doença, que não respondem a nenhum dos medicamentos que existem. 
O cenário para sífilis e clamídia não é tão extremo, mas seus agentes causadores já se mostram bem mais resistentes à medicamentos também, o que preocupa a organização. 
Por isso, na terça (30/06/2017), a OMS aconselhou uma mudança nos tratamentos padrão para essas doenças. Para começar, a organização recomenda o uso do antibiótico certo para cada caso, em doses mais controladas do que se tem usado até agora – cada serviço de saúde em cada país deve ficar responsável por definir o medicamento. 
Outra recomendação, mais específica, é não usar a quinolona, um tipo de antibiótico comum nos casos de infecções bacterianas como a sífilis, a gonorreia e a clamídia. Para fechar, a OMS pediu que os governos prestem atenção no aumento da resistência dessas bactérias, ano a ano. 
Tudo isso deve aumentar os custos de tratamento, já que os antibióticos específicos são, geralmente, os mais novos – e mais caros. Fora que estudar os tipos de cepa que cada pessoa infectada tem antes de receitar um medicamento também vai dar um baita trabalho. 

Transmissão e sintomas - A sífilis é transmitida por meio do contato com feridas de pessoas infectadas – elas podem aparecer nos genitais, no ânus, na boca ou em outras partes do corpo. 
A doença também pode ser transmitida de mãe para filho turante a gestação ou no parto (por ano, a transmissão desse tipo provoca cerca de 143 mil mortes fetais e nascimento de natimortos, além de 62 mil mortes neonatais, segundo a OMS). 
Quem tem sífilis pode desenvolver essas feridas em um estágio inicial, mas elas saram logo e se tornam erupções com pus. 
Aí, esses sintomas desaparecem, até que um tempo depois (às vezes até anos), a doença volta à atividade e causa danos ao cérebro, aos olhos e ao coração. 
Já a clamídia, a mais comum das DSTs causadas por bactérias, causa um ardor forte ao urinar ou corrimentos genitais – embora a maioria das pessoas não apresente sintomas. 
A gonorreia pode provocar, além de dores nos genitais, infecções e muita dor no reto e na garganta.
As três doenças, caso não sejam diagnosticadas e tratadas a tempo, podem causar problemas graves a longo prazo – mesmo que não apresentem sintomas por um tempo. As mulheres, por exemplo, podem desenvolver gravidez ectópica (fora do útero), inflamações na região pélvica e abortos espontâneos. Nos dois sexos, a sífilis, a gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade, além de aumentarem o risco da pessoa ser infectada pelo HIV.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Cientistas descobrem nova partícula que ajudará a entender a "cola" da matéria

Link para texto completo: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2017-07-07/nova-particula-materia.html

Trecho: Os cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern, sigla em francês) descobriram uma nova partícula da matéria, chamada “Xicc++”. A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (6/6/17) durante uma reunião da Sociedade Europeia de Física, em Veneza, na Itália.
A partícula pertence à família dos bárions, ou seja, praticamente a composição de toda a matéria que está ao nosso redor, como os prótons e os nêutrons, sendo formada pelos menores elementos da matéria: os quarks. Uma “Xicc++” é constituída por um quark up – o mais leve dos seis tipos do elemento, e outros dois quarks pesados, justamente o que difere a nova partícula dos outros bárions já conhecidos pela comunidade científica.
"Encontrar um bárion com quark duplo pesado é de grande interesse porque vai fornecer uma ferramenta única para promover a cromodinâmica quântica [teoria dos quarks]. Essas partículas irão ajudar a melhorar o poder das previsões de nossas teorias", explicou Giovanni Passaleva, porta-voz da missão LHCb, que há mais de uma década perseguia a partícula.
A descoberta da Xicc++ é de grande importância para o desenvolvimento de pesquisas sobre a “cola” que mantém todas as substâncias unidas. Além disso, representa um novo passo para entender uma das quatro forças fundamentais da natureza: a força forte, que integra o grupo junto das forças gravitacional, eletrodinâmica e fraca.
"Observar uma partícula do tipo foi possível graças à grandíssima quantidade de dados que o LHC está produzindo. Isso permite atingir um objetivo que não é fácil, como conseguir reproduzir a matéria em todos os seus estados possíveis", disse Donatella Lucchesi, pesquisadora da Universidade de Pádua e do Instituto Nacional de Física Nuclear.

A missão do LHCb  - O Grande Colisor de Hádrons, conhecido como LHC, é o maior acelerador de partículas do mundo. Ele está localizado no Cern, na Suíça, e é responsável por inúmeros experimentos científicos, como o CMS, o Atlas, o Alice e o LHCb, quatro detectores que buscam abrir portas para os fenômenos da chamada “nova física”.
O LHCb, que descobriu a nova partícula, corresponde a um experimento fundado com o objetivo de “explorar o que aconteceu depois do Big Bang, que favoreceu a criação do Universo da forma que o habitamos hoje em dia”, como explica a página oficial do projeto no Facebook.Reprodução/LHCb
Membros do projeto LHCb no acelerador de partículas do Cern, em Genebra
São mais de 700 cientistas de 52 instituições diferentes – incluindo a Universidade Federal do Rio de Janeiro – , envolvidos no projeto, e um dos objetivos do grupo era justamente encontrar uma nova partícula de matéria, a Xicc++, que foi perseguida por mais de 10 anos pelos pesquisadores do Cern.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Cientistas ficam chocados após descobrirem nova espécie de eucarionte sem mitocôndrias

Ô titulozinho mais sensacionalista!!!

Link para matéria completa: http://www.jornalciencia.com/cientistas-ficam-chocados-apos-descobrirem-nova-especie-de-eucarionte-sem-mitocondrias/


Trechos: (Baseado em notícia de maio de 2016) Durante muito tempo, acreditava-se que todos os seres eucariontes – organismos mais complexos nos quais o DNA está dentro de “um núcleo bem definido” e que englobam quase toda a vida que podemos ver – possuíam mitocôndrias.
As mitocôndrias são conhecidas como “casas de força” da célula. Essas pequenas subunidades imersas no citoplasma, fornecem energia para todas as atividades celulares. Contudo, agora, há de se entender que elas podem não ser tão essenciais quanto a Biologia nos descreveu. Isso porque, um estudo publicado pela Current Biology (clique no link para ver a matéria original), descreveu a descoberta do primeiro eucarionte que não possui mitocôndrias.
Outros eucariotas já tinham sido candidatos anteriores a esse título – como o micróbio Giardia intestinalis, que vive no intestino. Porém, investigações suplementares descobriram que ele simplesmente continha mitocôndrias reduzidas e difíceis de observar. 
Depois de verificar um outro candidato, relacionado aos Monocercomonoides – isolado a partir de uma amostra obtida do intestino de uma chinchila – os pesquisadores, através de uma análise genética que procuravam por genes mitocondriais, não acharam vestígios de organelas.
“Em ambientes de baixo oxigênio, eucariotas possuem, muitas das vezes, uma forma reduzida de mitocôndrias. Acredita-se que algumas das funções mitocondriais são tão essenciais para as organelas celulares que são indispensáveis ​​para a sua vida”, explica Anna Karnkowska, co-autora do estudo. “Temos caracterizado ele como um micróbio eucariótico, mas na verdade ele não possui mitocôndrias”.
No entanto, eles também enfrentam outro problema. Porque as mitocôndrias fornecem energia à célula, elas também proporcionam aglomerados vitais de ferro e enxofre – que são necessários por várias proteínas. Dessa forma, ao que tudo indica, parece que o micróbio relacionado aos Monocercomonoides tem pego “emprestado” genes de bactérias para que eles possam cumprir um mecanismo semelhante ao normalmente encontrado na mitocôndria.
De qualquer forma, conforme relatou a IFLS, é bem provável que os livros didáticos precisem ser reescritos. Isso porque os pesquisadores suspeitam que, provavelmente, existam outros micróbios sem esta organela. “Este organismo surpreendente é um exemplo notável de que uma célula se recusa a aderir ao padrão celular. Nós acreditamos que possam haver muitos outros exemplos semelhantes e escondidos no mundo dos eucariontes microbianos, os protistas”, disse Karnkowska.

Comentário: Convém lembrar que um outro eucarionte sem mitocôndrias já foi relatado e até caiu na prova do ENEM de 2010. E não era um protozoário, e sim um animal... raro, mas animal. O texto seguinte é o que constava da prova: 
"Um ambiente capaz de asfixiar todos os animais conhecidos do planeta foi colonizado por pelo menos três espécies diferentes de invertebrados marinhos. Descobertos a mais de 3.000 m de profundidade no Mediterrâneo, eles são os primeiros membros do reino animal a prosperar mesmo diante da ausência total de oxigênio. Até agora, achava-se que só bactérias pudessem ter esse estilo de vida. Não admira que os bichos pertençam a um grupo pouco conhecido, o dos loriciferos, que mal chegam a 1,0 mm. Apesar do tamanho, possuem cabeça, boca, sistema digestivo e carapaça. A adaptação dos bichos à vida no sufoco é tão profunda que suas células dispensaram as chamadas mitocôndrias.
LOPES, R. J. Italianos descobrem animal que vive em água sem oxigênio. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 abr. 2010 (adaptado)."

Resumo da matéria na Current Biology: "The presence of mitochondria and related organelles in every studied eukaryote supports the view that mitochondria are essential cellular components. Here, we report the genome sequence of a microbial eukaryote, the oxymonad Monocercomonoides sp., which revealed that this organism lacks all hallmark mitochondrial proteins. Crucially, the mitochondrial iron-sulfur cluster assembly pathway, thought to be conserved in virtually all eukaryotic cells, has been replaced by a cytosolic sulfur mobilization system (SUF) acquired by lateral gene transfer from bacteria. In the context of eukaryotic phylogeny, our data suggest that Monocercomonoides is not primitively amitochondrial but has lost the mitochondrion secondarily. This is the first example of a eukaryote lacking any form of a mitochondrion, demonstrating that this organelle is not absolutely essential for the viability of a eukaryotic cell."

domingo, 23 de abril de 2017

Brasil deixa de aplicar duas doses da vacina contra a febre amarela


Trecho: Na corrida aos postos de saúde pra se imunizar contra a febre amarela, ainda tem gente confusa. Afinal, uma dose da vacina basta?
Desde 2013, a OMS recomenda a aplicação de uma única dose da vacina. O Brasil, por ser o maior produtor mundial da vacina contra a febre amarela, continuava a dar duas doses: a de reforço dez anos depois da primeira dose. Agora, a orientação do ministério da Saúde mudou: os brasileiros só vão precisar tomar a vacina uma vez.
Celso Ramos, professor da Universidade Federal do Rio e infectologista diz que o Brasil demorou para seguir a orientação da Organização Mundial de Saúde. “É uma decisão correta, mas tardia no momento que está sendo colocada, ela é um desserviço, porque cria a impressão de que essa decisão está sendo tomada porque não tem vacina para todo mundo”, comenta.
O ministro da Saúde disse que a opção pela dose única não tem nada a ver com o aumento da procura pela vacina. “Tecnicamente, não há relação, mas isso nos permitirá, como quem já se vacinou não voltará a se vacinar, nos permitirá atender mais rapidamente aqueles que nunca se vacinaram”, declara Ricardo Barros, Ministro da Saúde.

domingo, 9 de abril de 2017

Igrejas cristãs são atacadas no Egito: Estado Islâmico assume atentado.

Link para texto completo: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-04-09/ataque-no-egito.html

Trecho: O Egito vive momentos de angústia e tensão na manhã deste domingo (9/4/17). Foram registrados dois ataques com bombas em igrejas igrejas coptas (uma vertente do cristianismo), ataque que deixou dezenas de mortos e feridos e causou pânico à população local. O grupo radical Estado Islâmico reivindicou o atentado, por meio de sua agência de notícia, a Amaq.

Primeiro ataque: Segundo as agências internacionais EFE e Reuters, a cidade de Tanta, considerada a quinta maior do Egito e de Alexandria (a segundo mais populosa), foram os alvos do atentado terrorista e extremista. 
O atentado em Tanta, cidade há 120 quilômetros do Cairo, foi na Igreja coptas Mar Guergues. Neste domingo, considerado o Domingo de Ramos para os cristãos e dá inicio a semana Santa, importante data aos católicos. Por esse fato, a igreja estava lotada de fiéis. Não foram confirmados os números de mortos e feridos, porém é de 25 mortos e 78 feridos, 
O ataque acontece 20 dias antes da visita do Papa Francisco, que planeja ir ao Egito nos dias 28 e 29 deste mês, sendo essa a sua primeira viagem ao Oriente Médio.

Segundo ataque: A televisão estatal informou que o segundo ataque foi em Alexandria, no norte do país, na Igreja de São Marcos. O Ministério da Saúde egípcio fala em 11 mortes e 35 feridos neste ataque, conforme informou a agência EFE em seu Twitter. 

Em 11 de dezembro do ano passado atentado igual ao deste domingo vitimou 25 fieis e deixou outros 49 feridos na Igreja de São Pedro e São Paulo, no Cairo. 

Governo Americano envia porta-aviões e destróires para a Península Coreana

Link para matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/04/1874036-governo-americano-envia-porta-avioes-e-destroieres-para-a-peninsula-coreana.shtml

Trecho: Menos de 48 horas depois de bombardear a Síria, o governo americano decidiu agir sobre outro tema espinhoso que domina sua agenda internacional: um porta-aviões e sua frota se dirigem à península coreana diante das ambições nucleares da Coreia do Norte.
"O Comando do Pacífico dos Estados Unidos ordenou ao grupo aeronaval do porta-aviões USS Carl Vinson que se mobilize como medida prudente para manter sua disposição e presença no Pacífico", explicou neste sábado (8/4/17) o porta-voz Dave Benham à AFP.
"A principal ameaça na região continua sendo a Coreia do Norte devido ao seu temerário, irresponsável e desestabilizador programa de testes de mísseis e sua busca pela arma nuclear", ressaltou.
A frota de ataque inclui o super-transportador de aviões USS Carl Vinson, dois destróieres de mísseis guiados e um cruzador de mísseis guiados. O grupo aeronaval planejava fazer uma parada na Austrália, mas finalmente se dirigiu ao Oceano Pacífico ocidental a partir de Cingapura. A Coreia do Norte realizou cinco testes nucleares, dois deles no ano passado. Uma análise de imagens de satélite sugere que pode estar preparando um sexto.
O lançamento mais recente ocorreu na última quarta-feira, quando um míssil balístico KN-15 caiu no Mar do Japão depois de sobrevoar cerca de 60 quilômetros. O Conselho de Segurança considerou que o teste foi "uma grave violação" das obrigações da Coreia do Norte com base nas resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas). Funcionários de inteligência de Washington afirmam que Pyongyang pode desenvolver em menos de dois anos uma ogiva nuclear, que teria condições de atingir o território americano.

 O porta-aviões USS Carl Visson na Baía de Pearl Harbor. À esquerda, atracado, o encouraçado Missouri que participou das ações da Segunda Guerra Mundial. O Carl Visson tem 333 metros de comprimento, pouco mais de 60 metros maior em comprimento que o Missouri.

Autópsia confirma uso de armas químicas em ataque na Síria, afirma ministro turco.

Link para matéria completa: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/04/06/autopsia-confirma-uso-de-armas-quimicas-em-ataque-na-siria-afirma-ministro-turco.htm

Trecho: Autópsias realizadas nas vítimas do ataque que matou 86 pessoas, incluindo 30 crianças, na Síria na última terça-feira (4/4/17), na cidade de Khan Sheikhoun, confirmaram o uso de armas químicas, informou nesta quinta-feira (6/4/17) o ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag. 
"Fizeram autópsias em três corpos que foram levados de Idlib para Adana (sul da Turquia) e contaram com a participação de representantes da Organização Mundial da Saúde e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ). O resultado comprovou o uso de armas químicas", disse. 
"Este exame científico revela também que (Bashar al) Assad utilizou armas químicas", completou o ministro, sem revelar os elementos que servem de base para a acusação. 
O ministro turco já havia dito na quarta que existiam "provas" do uso de armas químicas no ataque, atribuído por ele ao governo sírio - o qual nega envolvimento. 
Mais tarde, o Ministério da Saúde da Turquia divulgou que os pacientes foram expostos a gás sarin
Segundo a Defesa Civil da Síria. que fornece serviços de resgate em áreas fora do controle das forças governamentais, o ataque expôs a substâncias químicas cerca de 300 pessoas. 
Ao serem atendidos, os feridos apresentavam sintomas de asfixia, vômitos, espasmos e alguns soltavam espuma pela boca, segundo denunciaram algumas fontes. 

Fórmula do Gás Sarin:

Sarin, ou GB, é um composto organofosforado. É um líquido sem cor e sem cheiro, usado como arma química devido à sua extrema potência sob o sistema nervoso. O gás sarin foi classificado como arma de destruição em massa na Resolução 687 das Nações Unidas. A produção e o armazenamento de sarin foram proibidas na Convenção sobre Armas Químicas, de 1993, na qual o sarin é classificado como "Substância do Anexo 1".
O sarin é especificamente um potente inibidor da enzima acetilcolinesterase, uma proteína que degrada o neurotransmissor acetilcolina depois de liberado na fenda sináptica. Nos vertebrados, a acetilcolina é o neurotransmissor presente na junção neuromuscular, em que os sinais são transmitidos entre os neurônios do sistema nervoso central às fibras musculares. Normalmente, a acetilcolina é libertada do neurônio para estimular o músculo, após degradada pela acetilcolinesterase, permitindo assim o relaxamento do músculo. A acumulação de acetilcolina na fenda sináptica, devido à inibição da colinesterase, significa que o neurotransmissor continua a atuar sobre a fibra muscular, de modo que quaisquer impulsos nervosos são transmitidos continuamente. Sendo assim, após o estímulo para inspiração, não ocorre a expiração e as pessoas morrem asfixiadas.

sábado, 1 de abril de 2017

Por falta de eficácia, pesquisa com 'pílula do câncer' é suspensa.

Link para texto completo: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/03/1871509-por-falta-de-eficacia-pesquisa-com-pilula-do-cancer-e-suspensa.shtml

Trecho: A história da fosfoetanolamina, a "pílula do câncer", teve inicio na década de 1990, com a distribuição de cápsulas pelo professor da USP Gilberto Chierice sem a existência de estudos que comprovassem sua eficácia. Decisões judiciais pró e contra sua oferta surgiram, e grupos pró e contra a pílula travaram disputas sobre seus benefícios. A novela pode ter entrado em seu capítulo final nesta sexta (31/03/2017), com a divulgação dos resultados de um estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). 
Após oito meses, a pesquisa financiada pelo governo do Estado de São Paulo foi suspensa por falta de "benefício clínico significativo" para os pacientes. 
De 59 pacientes avaliados até então, apenas um, que tinha melanoma, teve melhora do quadro clinico. Esse paciente e aqueles que ainda estão em tratamento poderão continuar recebendo as cápsulas, mas não haverá novas inclusões. 
Para participar do estudo era necessário estar em estágio avançado da doença e com histórico de falhas em terapias anteriores. Isso era necessário para verificar se apenas a fosfoetanolamina teria algum efeito — e não ela em combinação com outras drogas, como explica Paulo Hoff, diretor geral do Icesp e líder da pesquisa. Ele afirma que o modelo do estudo (testes em grupos de 21 pacientes, com dez tipos de tumores diferentes) não foi feito especialnente para a "fosfo", mas é o que é usado para qualquer novo tratamento. 
Para que a pílula fosse considerada eficaz, esperava-se que pelo menos 20% dos pacientes tivessem melhora significativa da doença. Para Hoff, o resultado está muito aquém do desejável e não há justificativa ética para continuar a pesquisa.

Estrutura da molécula de fosfoetanolamina.

terça-feira, 28 de março de 2017

Pesquisadores descobrem que pulmão produz plaquetas e armazena células progenitoras hematopoéticas

Link para matéria completa: http://www.biomedicinapadrao.com.br/2017/03/pesquisadores-descobrem-que-pulmao.html

Trecho: Usando microscopia em vídeo em pulmões de camundongos, pesquisadores descobriram que os pulmões têm um papel, antes não reconhecido, na produção de sangue. O artigo intitulado The lung is a site of platelet biogenesis and a reservoir for haematopoietic progenitors foi publicado na Nature em 22 de março de 2017.
Aproximadamente 50% do total de plaquetas são produzidas no pulmão, gerando 10 milhões de plaquetas a cada hora.
Eles detectaram que os pulmões produzem mais da metade das plaquetas da circulação sanguínea dos camundongos. Além disso, em outra descoberta surpreendente, os cientistas identificaram um pool de células hematopoéticas capazes de restaurar a produção de sangue quando as células progenitoras da medula óssea estão depletadas.
Segundo os pesquisadores, esses achados em camundongos sugerem que o pulmão pode ter um papel importante também na produção de sangue em seres humanos.


sábado, 21 de janeiro de 2017

Para bióloga, surto de febre amarela pode ter relação com tragédia de Mariana

Link para matéria completa: http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,para-biologa-surto-de-febre-amarela-pode-ter-relacao-com-tragedia-de-mariana,10000100032

Trecho da matéria: O aumento de casos suspeitos de febre amarela em Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana, em 2015, segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame. A hipótese tem como ponto de partida a localização das cidades mineiras que identificaram até o momento casos de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está na região próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015. 
“Mudanças bruscas no ambiente provocam impacto na saúde dos animais, incluindo macacos. Com o estresse de desastres, com a falta de alimentos, eles se tornam mais suscetíveis a doenças, incluindo a febre amarela”, afirmou a bióloga, que também coordena a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre na Fiocruz. “Isso pode ser um dos motivos que contribuíram para os casos. Não o único”, completa. Márcia observa que essa região do Estado já apresentava um impacto ambiental importante, provocado pela mineração. “É um conjunto de coisas que vão se acumulando”, disse.