domingo, 5 de janeiro de 2020

Entenda como funcionam os hormônios da felicidade no nosso cérebro

Resumo da Matéria: A dopamina, serotonina e adrenalina são neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que regulam o humor e a liberação de alguns hormônios. Quando liberados no cérebro, dão sensação de bem-estar e felicidade. Saiba o que a ciência já descobriu sobre o assunto.
A dopamina, serotonina e adrenalina são neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que regulam o humor e a liberação de alguns hormônios. Quando liberados no cérebro, dão sensação de bem-estar e felicidade.
Um artigo publicado em 2014 discutiu que há aspectos endógenos e externos (socioculturais, econômicos, geográficos, eventos da vida), que influenciam a felicidade. Entre os endógenos, há cinco fatores: genética, neurotransmissores cerebrais, hormônios e glândulas endócrinas, saúde física e biótipo.
Tem pessoas que possuem genes mais favoráveis à liberação de serotonina, ou seja, produzem mais serotonina. Mesmo que você seja uma pessoa que geneticamente produz menos serotonina, tudo bem. Isso só quer dizer que você vai precisar se esforçar mais para sentir-se feliz. Ter um gene favorável à produção de serotonina não determina que você será mais feliz, mas é uma constatação de que a genética influencia, sim, no seu estado de humor. Estudos com gêmeos sugerem que fatores genéticos influem 35-50% na felicidade.

Entenda como os hormônios da felicidade agem no nosso cérebro — Foto: Reprodução/ TV Globo

COMO LIBERAR OS NEUROTRANSMISSORES DO PRAZER?

1) Tenha pensamentos positivos: o pensamento positivo aumenta a liberação de endorfina, o que equilibra o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático e dá sensação de felicidade. Pensamento positivo não é só achar que tudo vai dar certo, mas pensar em algo que lhe traz felicidade, como um momento bom que teve no passado.
2) Faça atividade física: quando fazemos atividade física, o corpo libera dopamina, que dá motivação para correr mais; e serotonina que dá bem-estar mais prolongado. Vale lembrar que não funciona só se mexer de vez em quando! Se você tem dificuldade de fazer atividade sozinho, convide alguém para ir com você. Além de liberar dopamina, você ainda libera endorfina.
3) Socialize: ter relações de amizade e fazer atividades em grupo aumentam a liberação de endorfina.
4) Faça o bem: um estudo mostrou que comprar presentes para uma pessoa que precisa mantém a sensação de felicidade e bem-estar por mais tempo do que comprar presente para si próprio.
5) Coma chocolate: o chocolate tem teobromina, substância que aumenta a produção de dopamina. Só tome cuidado com exageros. Saiba que após comer, você vai sentir-se feliz, mas logo depois ficará com vontade de comer mais para manter a sensação de prazer, se tiver tendência a comportamentos de compulsão
6) Abrace: o abraço aumenta a ocitocina, que facilita relacionamentos e melhora comportamentos sociais. Aumenta conexões.
7) Ouça música: olhe fotos antigas e converse sobre momentos felizes do passado com amigos. Isso aumenta a serotonina.
8) Medite: os neurocientistas descobriram que monges que passam anos meditando apresentam um maior crescimento do córtex pré-frontal esquerdo, a principal parte do cérebro responsável pelo sentimento de felicidade. Mas não se preocupe. Você não precisa passar anos vivendo isolado e em silêncio como celibatário. Bastam cinco minutos por dia observando sua respiração. Enquanto faz isso tente ser paciente.

Outra matéria: Funções dos hormônios da felicidade

Todos os neurotransmissores atuam como mensageiros químicos, transportando, estimulando e equilibrando os sinais entre neurônios, células nervosas e outras células do corpo. Após a liberação, o neurotransmissor atravessa a lacuna entre as células e se liga a outro neurônio, estimulando ou inibindo o neurônio receptor, de acordo com a sua característica.
Além das sensações, eles podem afetar uma ampla variedade de funções físicas, incluindo frequência cardíaca, sono e apetite. Confira abaixo as principais funções de serotonina, endorfina, dopamina e ocitocina.

Serotonina
A serotonina é um neurotransmissor encontrado principalmente no sistema nervoso central (SNC), trato gastrointestinal e plaquetas. Pode soar estranho, mas a maior parte da serotonina utilizada pelo nosso corpo é produzida no intestino (saiba mais sobre a ligação entre intestino e funções cerebrais). A serotonina ajuda a equilibrar o humor e dá um impulso benéfico para a vida sexual, apetite, sono, memória, aprendizagem e temperatura. Além disso, media funções fisiológicas importantes, como os movimentos peristálticos, a manutenção da circulação sanguínea e a integridade cardiovascular.

Dopamina
A dopamina é mais conhecida por sua participação no ciclo de recompensa, estimulando nosso cérebro a completar tarefas. E é exatamente por causar sensação de prazer que sua liberação é estimulada por algumas drogas viciantes. Além disso, a dopamina atua no controle de movimentos, aprendizado, cognição e memória.

Endorfina
A endorfina atua como um poderoso analgésico, sendo liberada pelo organismo em situações de dor e estresse. Ao atuar nas células nervosas específicas, nos faz sentir menos desconforto. Além disso, ela ajuda a controlar a resposta do corpo ao estresse. Pesquisas apontam ainda potencial para inibir o crescimento de células cancerígenas e equilibrar a produção de outros hormônios.

Ocitocina
A ocitocina tem ligação com reduções de ansiedade e sentimentos de calma e segurança, o que a fez ser classificada como o “hormônio do amor”. Muitas pesquisas também indicam a ligação entre a ocitocina e a saúde sexual, potencializando o desejo sexual feminino e o orgasmo masculino. Ela também está presente na hora do parto, estimulando as contrações do útero e a liberação do primeiro leite. Outros estudos apontam poder de diminuir a memória de experiências ruins e melhorar o processamento de informações sociais.

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