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Trecho: Após o teste com bomba de hidrogênio realizada pela Coreia do Norte na madrugada deste domingo (3 de setembro de 2017), a comunidade internacional criticou o novo ato ameaçador do ditador Kim Jong-Un. O poder do artefato chegou a causar um tremor de magnitude 6,3 aos arredores do local em que o teste foi realizado.
Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Coreia do Sul, França, Otan e União Europeia condenaram o teste que fere resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), além de exigir o fim dos programas nuclear e balístico da Coreia do Norte. Por meio do Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as decisões da Coreia são hostis e ameaçam a segurança dos EUA.
Agências internacionais afirmam que o presidente dos EUA e a equipe de segurança nacional devem se reunir ainda neste domingo para avaliar os efeitos do novo teste e pensar em estratégias de defesa. Ainda existe a possibilidade de o país impor uma série de sanções ao líder norte coreano, conforme afirmação do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin. Segundo ele, estão sendo preparado um pacote de restrições que será entregue a Trump em breve.
Ameaça mundial: O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o novo teste é uma ameaça mundial e que “compromete seriamente a paz e a segurança” de seu país. O mesmo discurso de repúdio foi feita pela China, que sedia encontro de empresários com líderes do Brics deste a semana passada.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu calma aos envolvidos na questão nuclear e reafirmou a necessidade de diálogo entre as partes. Já o presidente da França Emmanuel Macron, solicitou ao Conselho de Segurança da ONU reação rápida e decisiva em relação as ameaças constantes de Kim Jong-Un. “A comunidade internacional deve tratar esta nova provocação com a maior firmeza, para que a Coreia do Norte volte incondicionalmente ao caminho do diálogo e proceda ao desmantelamento completo, verificável e irreversível de seu programa nuclear e balístico".
Em Xiamen, na China, onde acompanha o presidente Michel Temer para a 9ª Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, disse que o teste realizado pela Coreia do Norte aumenta a urgência para que se contenha uma escalada armamentista no mundo. “É apavorante. O mundo está ficando cada vez mais perigoso. É preciso deter essa escalada. O Brasil condena e apoia as resoluções da ONU aplicando sanções à Coreia do Norte em razão dos seus testes nucleares”, afirmou.
Outras informações
A TV estatal da Coreia do Norte, a KCNA, anunciou que o teste realizado neste domingo (3), por volta das 12h30, no horário local, foi um sucesso. O lançamento provocou um tremor, que foi detectado por duas agências meteorológicas: uma japonesa e outra norte-americana.
O novo teste já é o sexto realizado desde 9 de setembro de 2016. O teste deste domingo provocou um tremor em território coreano de magnitude 6,1 pela Agência Meteorológica do Japão e de 6,3 pela Agência Norte-Americana Geological Surveyor.
Segundo o jornal japonês Asahi, o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia explicou, em 28 de agosto, em relatório da Assembleia Nacional do país que esse teste foi feito em duas etapas. Autoridades coreanas teriam avisado que o experimento seria possível a qualquer momento como instalar um bomba de hidrogênio em um míssil intercontinental.
Uma foto que circula da internet em Kim Jong-un inspeciona um equipamento, é identificada como bomba de hidrogênio.
A Coreia do Norte tem capacidade de realizar testes nucleares tanto de plutônio quanto de urânio enriquecido. Para o Japão, os Estados Unidos e Coreia do Sul, o país pode ter mais de uma dúzia de bombas nucleares.
O ministro das Relações Exteriores, Taro Kono, já tinha declarado que a Coreia do Norte havia realizado uma tarde de teste nuclear na quinta-feira (31). O primeiro-ministro Shinzo Abe disse aos repórteres neste domingo que a Agência Meteorológica havia detectado o abalo sísmico e que não seria um terremoto natural.