Link para matéria completa na Revista Fapesp: https://revistapesquisa.fapesp.br/resquicios-de-satelites-na-estratosfera/ (Edição 334, dezembro 2023)
Resumo: Uma equipe da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos usou um avião de pesquisa, com um funil especial, para coletar partículas em suspensão, chamadas aerossóis, na estratosfera, a segunda camada da atmosfera que se estende até 50 quilômetros acima da superficie.
O objetivo era encontrar partículas de rochas que queimam ao entrar na atmosfera, mas o avião registrou elementos químicos metálicos que não poderiam ser explicados por processos naturais. Os altos níveis de nióbio, háfnio, alumínio, cobre, lítio, prata, ferro, chumbo, magnésio, titânio, berílio, cromo, níquel e zinco foram associados à reentrada de satélites artificiais e foguetes na atmosfera terrestre.
Quando voltam à Terra, os veículos produzem vapores metálicos que se condensam em aerossóis. Nesse levantamento, 10% das partículas de ácido sulfúrico da estratosfera com o mínimo de 120 nanômetros de diâmetro continham pelo menos um entre os 20 elementos químicos provenientes da reentrada de satélites, já que a quantidade desses metais excedia a que chega com a poeira cósmica.
A situação, de consequências incertas, pode se intensificar, porque há 9 mil satélites de órbita terrestre baixa em operação e outros 5o mil devem ser colocados em órbita até 2030 (PNAS, 16 de outubro).
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