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Resumo: Dois estudos recentes apontaram um cenário alarmante para a caatinga, lançando um alerta sobre a fragilidade deste bioma, exclusivo do Brasil. As pesquisas, conduzidas por cientistas brasileiros, indicam que as mudanças climáticas podem levar à perda de espécies da fauna e da flora em 90% da caatinga até 2060.
Na última terça-feira (17/10/2023), um trabalho publicado na revista Global Change Biology destacou que 85% dos mamíferos perderão seus habitats no bioma, prevendo-se que um quarto de todas as espécies de animais ficará sem ambientes adequados para viver na caatinga até 2060.
"As zonas áridas estão particularmente em risco, com projeções sugerindo que se tornarão mais quentes, mais secas e menos adequadas para uma parte significativa das suas espécies, levando potencialmente à defaunação [extinção ou queda no número de exemplares] dos mamíferos", alerta o estudo.
A alteração no clima levará, ainda, a um processo de simplificação e homogeneização das espécies que, no caso dos mamíferos, pode atingir até 70% do bioma.
"Embora as respostas específicas das espécies possam variar em relação à dispersão, ao comportamento e às necessidades energéticas, as nossas descobertas indicam que as alterações climáticas podem levar as populações de mamíferos à homogeneização e à perda de espécies", aponta a pesquisa.
O trabalho previu que 93% do bioma experimentará uma mudança de composição, com a substituição de plantas arbóreas por espécies de gramíneas, herbáceas e suculentas. "O futuro aumento da aridez mudará os padrões das comunidades de plantas da floresta tropical seca, diminuindo a diversidade e a complexidade da vegetação", frisa a publicação.
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